De acordo com a análise, os custos de fabricação de módulos fotovoltaicos subiram de menos de US$ 0,20 por watt-pico (Wp) em 2020 para algo entre US$ 0,26 e US$$ 0,28 por Wp no segundo semestre de 2021 – um aumento de quase 50% no espaço de um ano. Um fator decisivo para essa inflação foi o crescimento de mais de 300% no custo do polisilício, um componente central na fabricação de painéis solares. Outros itens como prata, cobre, alumínio e vidro também ficaram com os preços mais salgados, aumentando ainda mais a pressão sobre os custos dos módulos.
A Rystad alerta também que o transporte marítimo é outra peça nesse tabuleiro da cadeia de suprimentos que poderá causar desafios consideráveis para desenvolvedores e fornecedores de módulos fotovoltaicos. A análise da empresa de pesquisa norueguesa aponta que o custo do transporte marítimo continua a aumentar, desempenhando um papel mais importante nas despesas gerais de capital de produção.
Os módulos e seus custos de envio associados representam entre um quarto e um terço do investimento total de um projeto solar, explica a Rystad. Essas duas componentes somadas representam o maior item individual do custo de empreendimentos do tipo. “Quando o custo dos módulos – e da remessa – aumenta, isso pode afetar significativamente a economia do projeto”, analisou a empresa.