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    Artigo propõe método para conter extração ilegal de madeira no Brasil

    O desmatamento na Amazônia já foi considerado uma situação fora de controle. Índices recentes, porém, indicam tendência de redução, devido principalmente aos mecanismos de controle implementados e às pesquisas científicas que viabilizaram um monitoramento eficaz das florestas.

    São várias vertentes de soluções nascendo dentro das universidades e uma delas, a que auxilia a conter a extração ilegal de madeira no Brasil, foi destacada em artigo publicado na revista Nature Sustainability.

    O estudo foi financiado pela FAPESP (projetos 22/09091-8 e 21/07012-0) e teve como um dos autores Luis Gustavo Nonato, professor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (ICMC-USP) e integrante do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI).

    Segundo ele, a base do estudo está na análise da rede de comércio madeireiro no Brasil. “Ao implementar mecanismos de controle e regulamentações, o governo brasileiro conseguiu impactos positivos nas taxas de desmatamento”, diz. “Ao mesmo tempo, produziu dados importantes sobre o comércio madeireiro, uma vez que todos os produtos resultantes da extração de madeiras, desde toras brutas até madeira processada, que devem ser registrados nos sistemas de controle a fim de serem transportados e comercializados. Isso permite a modelagem e análise da rede madeireira ao longo do tempo.”

    Segundo Nonato, o grande desafio foi a integração de dados oriundos dos três principais sistemas de controle operando no Brasil. “Este estudo integra dados desses sistemas para criar redes de comércio de madeira, que ajudam a identificar empresas ou grupos que operam fora dos padrões esperados. Também propomos um método para rastrear prováveis cadeias de suprimentos de empresas madeireiras, abordando preocupações governamentais de longa data sobre a rastreabilidade da madeira”, explica o autor.

    O estudo demonstra que certos componentes da rede de comércio de madeira operam sem conexões com florestas licenciadas, sugerindo que material não registrado é inserido nesses componentes, o que é ilegal. “Mostramos ainda como a análise da cadeia de suprimentos pode aumentar consideravelmente a confiança de consumidores na legalidade dos produtos de madeira adquiridos”, destaca Nonato.

    A abordagem proposta, diz o pesquisador, faz uso de dados já existentes nos sistemas de controle, evitando o emprego de tecnologias economicamente custosas e de difícil implementação. “Sistemas de rastreamento mais eficientes tendem a reduzir fraudes. Além da redução do desmatamento ilegal em si e preservação da biodiversidade, a confiabilidade sobre a origem dos produtos adquiridos aumenta a competitividade da madeira amazônica no mercado global, atraindo investimentos sustentáveis que fortalecem o setor. Estamos contribuindo ainda com a melhoria nas condições de trabalho e beneficiando as comunidades locais, uma vez que a extração e o comércio ilegal fomentam conflitos sociais que impactam principalmente as populações mais vulneráveis”, acrescenta.

    Outro fator importante a ser destacado, segundo o pesquisador, é o fato de o modelo proposto ser adaptável a outros contextos, viabilizando soluções para problemas semelhantes que envolvam a modelagem e análise de redes comerciais e cadeias de suprimentos, abrindo caminho para projetos novos.

    O artigo Assessing timber trade networks and supply chains in Brazil pode ser encontrado em: www.nature.com/articles/s41893-024-01491-8.

    *Com informações do CeMEAI, um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

     

    Matéria – Agência FAPESP*

    Imagem – Pesquisa foi divulgada na revista Nature Sustainability (foto: Ibama)

     

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