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    Alternativa para despoluição de água com excesso de metais

     

    Vários são os poluentes da água, sejam substâncias orgânicas, como esgoto, microrganismos advindos do lixo ou substâncias inorgânicas como metais provenientes das mais variadas fontes, porém de forma incisiva de processos utilizados na industria.

    Temos que salientar que os seres vivos, nisto obviamente incluso o ser humano, necessita de metais em pequena quantidade para manter seu metabolismo, ou seja, os metais auxiliam na manutenção da vida.

    Porém, isto é em quantidade pequena, alguns mais, como por exemplo, cálcio e outros menos como por exemplo, o zinco.

    Quando temos estes metais em excesso na água, acima do especificado para o padrão potável, temos na realidade uma água considerada poluída, tóxica para nosso organismo.

    A despoluição da água poluída por metais é comumente realizada através de processos, os quais envolvem na maioria das vezes reagentes químicos para retirada destes metais devido sua eficácia, mas com o inconveniente de gerar mais poluição para o meio ambiente, pois se trata de geração de resíduos tóxicos que devem ser destinados adequadamente em aterros sanitários específicos.

    Uma forma que está cada vez mais sendo estudada para despoluição da com metais é o processo de biossorção.

    A biossorção pode ser caracterizada como a adsorção dos metais poluentes pelas cascas de frutas, sendo que existe em determinadas cascas de frutas uma afinidade química pela adsorção seletiva de metais na água. Cabe salientar que não são todas as cascas de frutas e também, os metais adsorvidos não os mesmos para todos os tipos de cascas.

    A grande vantagem deste tipo de processo é que envolve um material orgânico a ser descartado no lixo, casca de fruta, que na maioria das vezes não se atribui utilidade alguma e acaba parando em aterro sanitário, na melhor das hipóteses, com seu ciclo de vida útil terminado.

    Utilizando este material para adsorção de metais seu ciclo de vida é prolongado, fazendo um trabalho de cunho ecológico excelente, pois evita mais uso de produtos químicos, e por consequência mais resíduos e mais poluição.

    Podemos citar como exemplos de cascas úteis para este fim de adsorção de metais: cascas de banana, jabuticaba, coco verde, laranja, maracujá e semente de acerola, fugindo do padrão casca de fruta.

    Especificamente temos por estudos que a casca de banana por adsorver metais como crômio e manganês; casca de jabuticaba e a semente de acerola também adsorvem o crômio, a casca de maracujá consegue adsorver chumbo; porém as cascas de laranja e coco verde são mais versáteis, sendo que ambas adsorvem níquel, cobre, zinco e chumbo. Não se restringindo apenas a estes metais citados, a casca de laranja ainda adsorve crômio e a casca de coco verde adsorve também o cádmio.

    A maioria dos processos de biossorção citados possuem eficiência acima de 95%, ou seja, conseguem despoluir a água quase que completamente.

    Neste mundo em que estamos, onde o medo das mudanças climáticas e principalmente a sustentabilidade é a palavra de ordem, colocar este tipo de processo como o indicado para este tipo de despoluição seria uma mudança de paradigma que iria ao encontro dos anseios da sociedade moderna consciente.

    Mas, mesmo estando neste mundo com futuro não muito alvissareiro, o custo fala mais alto.

    Pensando que a matéria prima seria casca de fruta a ser descartada, ou seja, teoricamente, sem custo algum, isto seria um horizonte mais que perfeito para o mundo dos negócios.

    Infelizmente não estamos num patamar de desenvolvimento no tocante a biossorção de metais para que possamos substituir os processos tradicionais, mesmo estes sendo tão tóxicos ao meio ambiente.

    A velocidade de retirada dos metais poluentes através da biossorção é lenta quando comparada com a velocidade dos processos químicos tradicionais.

    A necessidade da industria em produzir cada vez em menor tempo para atender seu mercado, acaba inviabilizando no momento uma velocidade menor no seu tratamento de resíduo, o qual é por força de legislação obrigatório para se manter em atividade.

    Também surge o problema de nem todos os metais poderem tratados com apenas um tipo de casca, ou ainda, falta de estudo na biossorção de outros metais poluentes.

    A pesquisa não para soluções ditas ecológicas para problemas como os citados; poluição da água por metais e resíduos tidos inservíveis de cascas de frutas, existem, mas se faturar é mais emergente do que minimizar problemas ambientais antigos e sérios, continuaremos então com excelentes soluções escritas no papel como se dizia até pouco tempo atrás, antes da era digital.

     

    Prof. Dr. Rogerio Aparecido Machado (favor atualizar)

    Possui graduação em bacharel em Química com atribuições tecnológicas – (1987), latu sensu em Qualidade na área de Engenharia (1991), mestrado em Saneamento Ambiental pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (1999) e doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Faculdade São Bernardo do Campo além de Químico Responsável do Instituto Presbiteriano Mackenzie. Tem experiência na área de Qualidade, Petroquímica, Galvanoplastia, Meio Ambiente e laboratórios prestadores de serviços analíticos e metrológicos com credenciamento pelo INMETRO.

     

    ACESSE AGORA:

    https://www.yumpu.com/pt/document/read/68188646/revista-analytica-edicao-124

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