A reinvenção dos alimentos funcionais
Alimentos funcionais são tendência há alguns anos. Eles evoluem constantemente e são reinventados na medida em que as pesquisas científicas são desenvolvidas. Consequentemente, as indústrias incorporam esses alimentos em seus produtos, oferecendo diversos benefícios à saúde. Nos últimos anos, vimos o surgimento, esquecimento e a volta de diversos alimentos e ingredientes funcionais como a fibra alimentar, que teve sua primeira alegação de saúde aprovada pela agência americana Food and Drug Administration (FDA) em 1994. Após 25 anos, graças ao avanço dos conhecimentos sobre microbiota intestinal, a fibra nunca esteve tão em voga, juntamente aos probióticos.
A pandemia do coronavírus 2019 (covid-19) também contribuiu muito para o aumento da atenção a alimentos funcionais. Dada a importância do reforço do sistema imunológico para combater doenças infecciosas e a falta de previsão de vacina para toda população, a alimentação funcional emergiu como ótima estratégia para auxiliar no bom funcionamento do sistema imunológico. A pesquisa Galunion e Qualibest realizou uma entrevista sobre alimentação na pandemia com 1.108 pessoas, e 75% delas mencionaram optar por comida saborosa, fresca e com propriedades que ajudem na melhora da imunidade e no estado geral de saúde.
Agora mais do que nunca, alimentos funcionais e seus diversos benefícios são importantes e agregam propriedades que podem auxiliar na prevenção e tratamento de diversas condições. Dentre elas, podemos destacar: redução do colesterol, controle de peso, prevenção e redução do risco de doenças cardíacas, câncer, osteoporose, diabetes e doenças renais (condições que se mostraram como fatores de risco para um pior quadro de COVID-19).
A preocupação com a saúde tem sido um dos maiores impulsionadores dos alimentos funcionais no mercado, e esse valor agregado demonstra ter importância decisiva na compra de alimentos e bebidas. O mercado desses alimentos foi estimado em aproximadamente USD$ 68 bilhões em 2018, e tem projeção de USD$ 94,1 bilhões para 2023 (Market and Markets). Para atender a essa demanda, a indústria tem utilizado pesquisas e implementação de novas tecnologias para desenvolver produtos com características funcionais e maior densidade nutricional. Assim, muitos alimentos ganharam versões com menos calorias ou com adição de proteínas, fibras, vitaminas e minerais.
Neste cenário, muitas empresas foram consideradas visionárias mentais para o desenvolvimento do setor de ingredientes funcionais, especialmente por desenvolver um papel educativo, mostrar benefícios com respaldado científico e valorizar o contato com seus consumidores.
Fonte: Ganep Educação