Medicamentos genéricos economizam R$ 281 bilhões para brasileiros
No mercado farmacêutico brasileiro, os genéricos têm se destacado como uma opção mais acessível em comparação aos medicamentos pioneiros. Essa diferença de custo tem sido fundamental para promover uma maior acessibilidade aos tratamentos medicamentosos.
De acordo com Tiago de Moraes Vicente, presidente executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), essa iniciativa teve origem no Projeto de Lei número 2.022, de 1991, apresentado na Câmara dos Deputados. A motivação por trás desse projeto baseou-se em dados que indicavam que, à época, cerca de 1/3 da população mundial, equivalente a aproximadamente 8 bilhões de pessoas, não tinha acesso a medicamentos essenciais. No Brasil, estima-se que 50 milhões de brasileiros estavam excluídos do acesso a medicamentos.
Além disso, a prática de identificar medicamentos pela sua Denominação Comum Brasileira (DCB), ou seja, seu princípio ativo, não era uma novidade. A Organização Mundial de Saúde (OMS) já recomendava o uso de nomes genéricos para facilitar o reconhecimento pelos pacientes, aumentar a segurança na prescrição médica, dispensação e administração de medicamentos, e, é claro, torná-los mais acessíveis devido aos preços mais baixos.
“Os genéricos já eram uma realidade em países como os Estados Unidos, onde se observou uma redução significativa nos preços dos medicamentos. Quando o projeto de lei que deu origem à Lei dos Genéricos foi proposto, essa categoria já representava 30% do mercado norte-americano, e em 1989, estimava-se uma economia de 236 milhões de dólares para os consumidores”, explica Tiago Vicente.
Atualmente, no Brasil os medicamentos custam pelo menos 35% a menos do que suas contrapartes de marca, proporcionando uma opção mais acessível para os pacientes. Na prática, o desconto médio é de 67%.
Os 10 medicamentos genéricos mais vendidos em 2023:
Losartana – Hipertensão;
Dipirona Sódica – Analgésicos;
Hidroclorotiazida – Hipertensão;
Nimesulida – Anti-inflamatório;
Enalapril – Hipertensão;
Sildenafila – Disfunção Erétil;
Atenolol – Hipertensão;
Simeticona – Antigases;
Tadalafila – Disfunção Erétil;
Sinvastatina – Antilipemico (Colesterol);
Ao todo, economizaram R$ 281 bilhões para brasileiros nas últimas duas décadas e têm desempenhado um papel crucial na redução dos gastos do governo brasileiro com saúde pública e programas de assistência médica, permitindo a alocação de recursos para outras áreas prioritárias.
A mensuração deste tipo de economia geralmente é realizada por meio de indicadores econômicos, como o Produto Interno Bruto (PIB), Índice de Preços ao Consumidor (IPC), taxa de inflação, balança comercial, entre outros. Esses indicadores fornecem informações valiosas sobre o desempenho econômico de um país, região ou setor específico.
Espera-se que o mercado de medicamentos genéricos no Brasil continue a crescer nos próximos anos, impulsionado pela demanda crescente por cuidados de saúde acessíveis e pela expansão do acesso à saúde.
Sobre a PróGenéricos
Fundada em janeiro de 2001, a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos) congrega os principais laboratórios que atuam na fabricação e na comercialização desses produtos no país. Sem fins econômicos, a organização tem como missão contribuir para a melhoria das condições de acesso a medicamentos no Brasil, através da consolidação e da ampliação do mercado de genéricos e de biossimilares.
Juntas, as associadas da PróGenéricos concentram aproximadamente 90% das vendas do segmento de genéricos no Brasil. Articulando-se com diversos setores da sociedade e com instituições públicas e privadas, a PróGenéricos canaliza as ações de suas associadas, promovendo e corroborando o debate público em torno de questões relevantes para o setor da saúde e para o desenvolvimento da indústria farmacêutica no país.
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